Direção: Wim Wenders
Música cubana da melhor qualidade.
Em 1996, o guitarrista Ry Cooder foi a Cuba gravar um cd com músicos que estavam no ostracismo. Dois anos depois, voltou à ilha na companhia do cineasta Wim Wenders e de uma pequena equipe para filmar este documentário. Em seu testemunho, Wenders se isenta de comentários políticos e privilegia a riqueza da música e a sabedoria dos veteranos. Mostra ainda momentos antológicos de apresentações do grupo, como a apresentação do grupo no Carnegie Hall em Nova York, alternados com depoimentos dos próprios músicos onde eles se sentem mais à vontade: Havana.
O documentário foi aclamado pela crítica, sendo indicado ao Oscar na categoria Melhor Documentário e ganhando o prêmio de Melhor documentário no European Film Awards. O nome se deve a uma antiga casa de shows cubana onde diversos músicos cubanos se apresentaram, que já havia deixado de existir nos anos 50. A ideia do produtor musical era reunir em um disco os maiores artistas cubanos, como se formasse um grupo que, na verdade, nunca havia existido concretamente - os artistas, em geral, tinham suas próprias carreiras, ou tocaram em épocas diferentes.
O momento mais envolvente do documentário é a gravação entre Ibrahim Ferrer e Omara Portuondo, excelentes artistas, música linda e cercada por um sentimento genuíno de emoção, vale a pena rever várias vezes.
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